O problema
No nosso dia a dia a gente acaba não parando para pensar, mas onde chega uma garrafinha de água que a gente compra na rua para matar a nossa sede? Esse plástico, quando não é descartado corretamente, segue todos esses passos, até chegar em regiões de "giro". Essas regiões são pontos específicos dos oceanos, onde as correntes marinhas se encontram e acabam reunindo milhares de toneladas de lixo em pleno oceano, formando o que chamamos de ilhas de lixo. As ilhas de lixo são gigantescas manchas de lixo de pintam os nossos oceanos. Ao todo são 5, e uma delas, a ilha de lixo do Pacífico Norte, chega a ter o tamanho do estado do Amazonas.
Essas ilhas de lixo são um grande problema para o meio ambiente e para a vida marinha. Elas têm um impacto negativo na biodiversidade dos oceanos, já que o lixo pode ser ingerido ou ficar preso em animais marinhos, causando sua morte. Além disso, outros problemas poderão ser identificados para para frente, como sugere um estudo publicado na Nature em 2021. De acordo com esse estudo, já é possível perceber espécies que viviam próximo à costa sobrevivendo nessas ilhas, oferecendo riscos de invasões em escala global.
A iniciativa
Pensando em contribuir para uma melhoria nesse panorama, em 2014, os amigos Pete Ceglinski e Andre Turton decidiram desenvolver um dispositivo para coletar lixo flutuante em pequenos portos e marinas. Eles misturaram a ideia de uma escumadeira de piscina com um cesto de lixo e criaram o Seabin. A ferramenta, por meio de uma bomba, consegue aspirar a água de forma a coletar qualquer típo de resíduo sólido: sejam garrafas plásticas, óleo e até microplásticos. Elas podem ficar ligadas 24 horas e têm capacidade de coletar até 3 mil litros de lixo por mês.
A lixeira se tornou viral em 2016 e conseguiu arrecadar via crowdfunding mais de 276 mil dólares para desenvolvimento do projeto e hoje já tem mais de 860 unidades, atendendo a cerca de 50 países.
Em 2021, depois de 7 anos do início de sua história, a iniciativa entrou em uma nova fase, com a construção de uma nova Seabin, maior e com mais tecnológia. A partir dela seria possível coletar dados do lixo coletado e da qualidade da água, além de limpar áreas maiores de maneira mais rápida. A equipe conseguiu arrecadar por meio de crowdfunding, 1,2 milhão de dólares para se tornar global.
Fonte: Twitter |
Com sua inovadora tecnologia, o Seabin tem se mostrado uma alternativa promissora para reduzir o impacto humano sobre os oceanos. Além de limpar os resíduos existentes, a iniciativa também incentiva a conscientização da sociedade para o problema da poluição marítima e a importância da preservação dos ecossistemas marinhos através da Seabin Foundation.
Esse projeto atende os seguinte ODS:
Sugestão de leitura:
Animais passaram a viver na “ilha” de lixo que flutua no Pacífico, indica estudo. Super Interessante.
Ilhas de plástico no Pacífico trazem uma nova ameaça ao meio ambiente - Portal Planeta Cultura
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